Prudência.
Foi à palavra adotada pela deputada Mira Rocha (PTB) para exemplificar de como
será o trabalho dela a frente da presidência da Comissão de Orçamento e
Finanças (COF) da Assembleia Legislativa do Amapá. A deputada foi empossada no
comando da COF na manhã desta quarta-feira (8) em substituição ao ex-deputado
tucano Michel JK – que renunciou ao mandato para assumir a cadeira de
Conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mira Rocha é a primeira
mulher a comandar a pasta.
Prudência é
tudo que a petebista vai precisar para coordenar os trabalhos da comissão. Tudo
por conta do momento econômico que o Amapá atravessa. A economia continua em
queda, a arrecadação recua a cada mês e as previsões orçamentárias são cada vez
menores. Indicativos nada animadores para um estado muito dependente dos
investimentos do governo.
O primeiro
debate importante que a nova presidente da COF terá pela frente é a discussão
sobre a Lei Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – que já tramita na Casa.
Segundo os técnicos da comissão, há um parecer preliminar sobre a LDO, mas o
documento deverá passar, agora, pela análise de Mira Rocha antes de ser levado
ao plenário. “Vou precisar de todo o apoio necessário da equipe técnica e dos
deputados que compõem a comissão para darmos prosseguimento aos projetos em
trâmite na COF”, disse a presidente.
Toda essa
cautela é compreensível. Dados apresentados pelo novo secretário de Planejamento
da Assembleia Legislativa, o ex-deputado Keka Cantuária, revelam queda na
previsão orçamentária elaborada pelo Governo do Estado para os próximos anos. Pelo
demonstrativo, em 2015 o orçamento foi de R$ 5,5 bilhões. Em 2016 e 2017 a
estimativa é que o orçamento sofra uma redução de quase R$ 700 milhões em
comparação a 2015.
O Estado
também deixou de arrecadar mais. Só com o ICMS – principal receita – o governo
conseguiu arrecadar no primeiro semestre apenas 32% do previsto. A Estimativa é
que encerre bem abaixo do programado. O cenário é praticamente o mesmo dos
últimos dois anos. Para mudar o quadro o Estado precisa de novas receitas para
fomentar a economia.
“Temos que
ajudar o Governo do Estado a encontrar caminhos que possam oxigenar a nossa
economia, vamos ter muita cautela para analisar tanto a LDO como a Lei
Orçamentária Anual (LOA), precisamos juntar forças para superarmos esse momento
difícil pelo o qual o Amapá passa”, disse Mira Rocha.
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