A deputada
estadual Mira Rocha (PTB) cobrou na manhã desta terça-feira (22), em sessão
ordinária, a instalação da CPI da CEA. A cobrança é com base nas reclamações
feitas pelos populares diariamente, em todo o Estado. Segundo a parlamentar, os
moradores já começam a interditar ruas e avenidas para protestar sobre as
constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica.
“É
impossível deixar de reclamar, a situação se agrava diariamente, em todo o Estado.
Só para ter uma ideia da dimensão do problema, em um único dia, no mesmo bairro
em Santana, foram dez interrupções. Como não acumular prejuízos?”, questionou a
deputada.
No ano
passado, a pedido da petebista, o presidente da companhia compareceu ao
plenário da Casa para dá explicações sobre os constes cortes no fornecimento de
energia. “Fizemos a solicitação, ele veio, e fez projeções de melhoras, mas até
o momento, nada”, lembrou.
“Com o
linhão de Tucuruí tivemos a esperança de dá um salto na qualidade do serviço,
mas parece que o efeito foi o contrário. A verdade é que precisamos passar a companhia
a limpo, o deputado Pedro Da Lua (PMB) chegou a pedir a instalação de uma CPI
para investigar a companhia, não apenas por conta do péssimo serviço na
distribuição de energia, mas também a forma como feito o contrato com a empresa
responsável pela ligação ao linhão, onde foram gastos mais de R$ 40 milhões”,
enfatizou.
Na
sexta-feira (18), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou o
ranking de qualidade do serviço prestado em 2015 e a Companhia de Eletricidade
do Amapá ficou em último lugar. O ranking avaliou todas as concessionárias do
país para o período de janeiro a dezembro de 2015, e foi dividido em dois
grupos, de acordo com o porte da empresa. A CEA ocupa a 36ª posição, última na
lista de concessionárias de distribuição consideradas de grande porte, com o
mercado faturado anual de energia maior que 1 terawatt hora.
Outro dado
importante é o levantamento do Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá
(Procon). Em 2015 a CEA foi à empresa mais reclamada, com 1.181 aberturas de
processos. Os problemas mais comuns apontados pelos reclamantes foram o aumento
repentino de contas, boletos duplicados, supostos erros de leitura, oscilação
de energia e queima de aparelhos.
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