terça-feira, 22 de março de 2016

Deputada Mira Rocha cobra melhorias no serviço da CEA e fala em CPI

A deputada estadual Mira Rocha (PTB) cobrou na manhã desta terça-feira (22), em sessão ordinária, a instalação da CPI da CEA. A cobrança é com base nas reclamações feitas pelos populares diariamente, em todo o Estado. Segundo a parlamentar, os moradores já começam a interditar ruas e avenidas para protestar sobre as constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica.

“É impossível deixar de reclamar, a situação se agrava diariamente, em todo o Estado. Só para ter uma ideia da dimensão do problema, em um único dia, no mesmo bairro em Santana, foram dez interrupções. Como não acumular prejuízos?”, questionou a deputada.

No ano passado, a pedido da petebista, o presidente da companhia compareceu ao plenário da Casa para dá explicações sobre os constes cortes no fornecimento de energia. “Fizemos a solicitação, ele veio, e fez projeções de melhoras, mas até o momento, nada”, lembrou.

“Com o linhão de Tucuruí tivemos a esperança de dá um salto na qualidade do serviço, mas parece que o efeito foi o contrário. A verdade é que precisamos passar a companhia a limpo, o deputado Pedro Da Lua (PMB) chegou a pedir a instalação de uma CPI para investigar a companhia, não apenas por conta do péssimo serviço na distribuição de energia, mas também a forma como feito o contrato com a empresa responsável pela ligação ao linhão, onde foram gastos mais de R$ 40 milhões”, enfatizou.

Na sexta-feira (18), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou o ranking de qualidade do serviço prestado em 2015 e a Companhia de Eletricidade do Amapá ficou em último lugar. O ranking avaliou todas as concessionárias do país para o período de janeiro a dezembro de 2015, e foi dividido em dois grupos, de acordo com o porte da empresa. A CEA ocupa a 36ª posição, última na lista de concessionárias de distribuição consideradas de grande porte, com o mercado faturado anual de energia maior que 1 terawatt hora.

Outro dado importante é o levantamento do Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá (Procon). Em 2015 a CEA foi à empresa mais reclamada, com 1.181 aberturas de processos. Os problemas mais comuns apontados pelos reclamantes foram o aumento repentino de contas, boletos duplicados, supostos erros de leitura, oscilação de energia e queima de aparelhos.

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